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sexta-feira, março 31, 2006

Carta da Amiga - Cap. II

Comprei um vestido dois números abaixo do meu. Será a minha meta.

Quinta-Feira: O Marcelo cumprimentou-e ao entrar no elevador. O seu sorriso iluminou tudo! Ele perguntou-me se eu era a arquitecta que viera transferida de Brasília e eu só fiz: "U-hum"... Ele perguntou-me se eu estava a gostar do Rio e eu disse: "U-hum". Aí ele perguntou se eu já havia estado antes aqui e eu disse: "U-hum". Então ele perguntou se eu só sabia falar "U-hum" e eu respondi: "Ã-hã". Será que fui muito evasiva?

Será que eu deveria ter falado um pouco mais? Ai, amiga! Estou tão apaixonada!

Estou resolvida!Amanhã vou perguntar se ele não gostaria de me mostrar o Rio de Janeiro no final de semana. Quanto ao resto, bem... ando com muita enxaqueca. Acho que vou quebrar a minha dieta hoje. Estou a fazer uma sopa de legumes. Espero que não me engorde demais.

Sexta-Feira: Amiga! Estou arruinada! Ontem à noite não resisti e empanturrei-me. Coloquei bastante batata-doce na sopa, além de couve, repolho e beterraba. Menina, saí de casa que parecia um camião de lixo. Como eu peidava! (nossa! Você não imagina a minha vergonha de contar isto, mas se eu não desabafar, vou atirar-me pela janela!).

No metro, durante o percurso para o trabalho, bastava um solavanco para eu soltar um "pum" que nem eu mesma suportava. Houve um momento em que alguém dentro do carruagem gritou: "Aí! Peidar até pode, mas jogar m*rda em pó é muito mau!"

Uma senhora gorda foi responsabilizada. Toda a gente olhava para ela, 'tadinha. Ela ficou vermelha, ficou amarela, e eu aproveitava cada mudança de cor para soltar outro. O meu maior medo era prender e sair um barulhento. Eu estava morta de vergonha. Desci na estação e parei atrás de uma moça com um bebé ao colo, enquanto aguardava minha vez de sair pela escada. Aproveitei e soltei mais um. O senhor que estava na frente da mulher com o bebé virou-se para ela e disse: "Dona! É melhor a senhora pôr esse bebé fora porque ele está estragado!".

Na entrada do prédio onde trabalho há uma senhora que vende bolinhos, café e queijo. Pois eu ia a passar e um cliente começou a cheirar um pastel, mesmo no instante em que o peidinho se espalhou. O sujeito atirou o pastel no lixo e reclamou: "Porra, D. Maria! Esse pastel está podre!"

1 Vox Angeli:

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