Portugal
Quando olho o mapa por inteiro
Pró Atlântico de rosto voltado
Vislumbro o perfil alucinado
Da cabeça de um velho marinheiro
No Porto... A fronte de um tripeiro
Em Coimbra... O sobrolho carregado
Em Lisboa... O nariz recurvado
Em Setúbal... A boca de guerreiro
Olhando mais ainda o roteiro
Do meu país outrora triunfante
Vejo a leve barbicha do Infante
Em Sagres no queixo altaneiro
Por fim, no horizonte derradeiro
Madeira e Açores... O que serão?...
Quiçá as lágrimas de uma Nação
Que foi real e sonho verdadeiro!...
António Torres da Guia