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quarta-feira, setembro 28, 2005

Festival de Bandas Filarmónicas do Concelho de Estarreja


É já no próximo sábado, dia 01 de Outubro, pelas 21h45, o Festival de Bandas Filarmónicas do Concelho de Estarreja.
O Festival, que costumava decorrer durante as festividades do S.António em Estarreja, irá realizar-se, pela primeira vez na sua história, no Cine-Teatro de Estarreja.
Assim, a Banda Visconde de Salreu, a Banda Club Pardilhoense e a Sociedade Recreativa e Musical Bingre Canelense subirão ao palco para interpretar músicas de todos os géneros desde clássica à ligeira.
Assim, o Dia Mundial da Música será assinalado no Concelho de Estarreja. A entrada é livre por isso venha daí assistir a este espectáculo.

segunda-feira, setembro 26, 2005

Nunca é tarde para aprender música

Estão abertas as inscrições para a Escola de Música do Grupo Musical Bunheirense. Até dia 02 de Outubro, terá oportunidade de se inscrever na Junta de Freguesia do Bunheiro (no horário de expediente), pela internet (preenchendo a ficha de inscrição disponível no site e enviando-a para escola.gmb@iol.pt). Se desejar, poderá ainda contactar-me através do meu endereço electrónico (celine_godinho@yahoo.fr).
E não julgam que a aprendizagem da música é somente coisa para as crianças. Não há idade para aprender e por isso contamos com pessoas de todas as idades (temos uma turma "senior").
Quanto aos instrumentos, poderá aprender: flauta transversal, clarinete, saxofone, trompete, trombone, clavicorne, tuba, percussão, violino e violoncelo.
Nunca se esqueça que a música é uma forma de educação. Com ela, aprendemos a respeitar o nosso vizinho e a viver em grupo.
Esperamos por si!

Dia Europeu das Línguas

Trabalhar na União Europeia é o sonho de qualquer tradutor. Há uma citação que adoro (sim, é mesmo adorar) de Victor Hugo. "As línguas são pontes entre os povos". Palavras para quê? A citação diz tudo. O tradutor tem a difícil tarefa de passar um texto de uma língua para outra respeitando a cultura do texto de chegada. Por isso é tão importante conhecer as culturas das línguas em que trabalhamos.
Um tradutor custa diariamente 2,50€ a cada cidadão da União Europeia para que os 2500 tradutores e intérpretes da U.E. possam promover uma Europa poliglota.

Aconselho vivamente a leitura do artigo aqui.

Regresso

Após uma semana bastante preenchida (duas idas ao distrito de Lisboa, obras em casa, matrícula na Universidade e um raid ciclo-turístico), o Vox voltou. Para felicidade de alguns, espero eu.
A blogoesfera murtoseira anda um pouco em baixo, fruto talvez de algum vírus chamado "autárquicas". Fiquei triste pela decisão do administrador do "Palavras Cruzadas", para mim um dos melhores blogues da Murtosa.
Os anónimos continuam por cá a mandar as já habituais bocas desnecessárias. Nós, "identificados", temos todo o prazer em ignorá-los.
Assim vai a Murtosa Virtual!

sábado, setembro 17, 2005

Thanks God!

Depois de atravessar umas semanas menos boas, finalmente uma boa notícia! Fui admitida na pós-graduação em Cultura Portuguesa na Universidade de Aveiro! :) Nada melhor para alimentar o ego que andava um pouco em baixo! Porque nunca é tarde para aprender e aprofundar conhecimentos. E como era uma coisa que queria mesmo, decidi partilhar esta notícia com vocês. Porque foi através deste humilde espaço que conheci pessoas sensacionais, pessoas essas que me têm dado força para não desisitir dos meus sonhos. Pessoas essas que se têm tornado verdadeiros amigos! Obrigada!
Ofereço esta flor aos que me têm apoiado! Obrigada! (Foto by Celine Godinho)

segunda-feira, setembro 12, 2005

O Sentido da Amizade

A amizade é um dos sentimentos mais comuns do Mundo. É com os amigos que desabafamos sobre os nossos problemas. É com eles que vivemos grandes alegrias. É com eles que choramos. A seguir à família, são eles a coisa mais importante deste mundo.
Ontem, no Notícias Magazine, saiu um artigo sobre a definição de amizade da psicóloga Isabel Leal. Passo a escrevê-lo:
"1. Gostamos uns dos outros. Não de todos os outros, ao estilo daquela afirmação pungente e vácua que faz da humanidade um poço de afectos positivos em frenesim de implementação, mas de apenas alguns. E esses alguns de que gostamos, os tais com que nos apetece estar, conversar, partilhar e agregar a nós num tipo qualquer de relação da ordem da pertença, foram-nos dados por circunstâncias irrepetíveis ou conquistámo-los, ainda que sem consciência, ao longo do percurso que fomos sendo capazes de ir tendo. Aos que nos foram dados chamamos família, aos outros, que transcendem o conhecimento casual, referimo-los como amigos.
2. Sobre o vínculo amoroso, que ainda que se erotize não se sexualiza definitivamente, construímos a ideia de amizade. Desse vínculo falamos e sentimos, em diferentes fases da vida, de formas diferentes. Na juventude tem a importância grandiosa dos gestos amplos e das coisas que vieram para ficar. O mundo existe em função do nosso grupo. O lar transmuta-se para valores - mesmo que com outros nomes -, para locais, em que se modela o desejo, a personalidade e o sentido central da existência como se houvesse um, apenas um, e nos fosse acessível.
Na adultícia, que é aquela fase imensa e desamparada em que se espera de nós certezas, definições e desempenhos atinados, os amigos transformam-se em compagnons de route. É um papel curioso, sem atribuições fixas nem falas estudadas. Nuns casos, estão apenas lá e essa existência muda tranquiliza e acalma como a presença dos pais na infância. Noutros casos, enchem-nos a vida de eventos e iniciativas, de programas e compromissos, conduzindo-nos na convicção de que o mundo é um lugar pleno e a realidade tem alguma coisa a ver com a ficção que é narrada nos filmes em que as preocupações sobre os outros constroem o enredo e possibilitam o acesso ao clima emocional que as imagens unidimensionais ainda não permitem.
Na velhice, parece que os amigos se transformam no reduto de todos os sentidos, nos interlocutores únicos de tempos, espaços e histórias que ficaram em suspenso, à espera de serem rememoradas e rematadas, com o olhar final da perda da emoção sobre os acontecimentos que foram.
3. De uns tantos com que nos cruzamos gostamos de uma forma particular. Gostamos o que podemos e como podemos, numa fórmula curiosa de numa vida contermos várias. Usamos o que nos é propiciado para penetrar outras formas de ser, experimentar, mesmo que de longe, outras realidades, saber, ainda que em segunda mão, que existem outras formas de sentir e proceder. Oferecemos o mesmo para a troca e, nesse negócio legítimo, fazemos de conta que a solidão não aflige e que a incomunicabilidade não existe."

Gostava que todos os leitores, identificados ou não, deste humilde espaço reflectissem sobre este pequeno texto. Porque talvez não haja amanhã e talvez não tenhamos tempo para dizer aos nossos amigos o quanto gostamos deles.

sexta-feira, setembro 09, 2005

Para o ano há mais!







Assim foi o S.Paio. Muito povo. Bom tempo. Música. Festa. Para o ano há mais...

terça-feira, setembro 06, 2005

A Diva do Fado


Mariza, a Diva do Fado, está neste momento a divulgar o seu último trabalho discográfico "Transparente". É no "Transparente Tour 2005" que Mariza transmite a cultura portuguesa pelo mundo inteiro.
No JN de hoje, saiu uma reportagem fantástica sobre esta musa. Aconselho a leitura. Trata-se da nossa Cultura. Do melhor que há.
Mariza. Fado. Portugal. Conseguiu vencer o mundo através da sua ousadia em mudar a ideia que todos nós tínhamos do Fado. Uma diferença que ganhou um lugar bem ao sol no Fado, na música portuguesa, no mundo.
Na reportagem do JN, Mariza diz: "Hoje, os fadistas parecem clones uns dos outros. Há falta de personalidade". Ela tem para dar e vender. Daí o sucesso.
Este mês de Setembro, e após uma passagem pela Holanda, Mariza irá actuar no Teatro Aveirense, em Aveiro (informação ainda não está disponível no site). Será dia 15 de Setembro. Depois continuará a sua digressão pela Alemanha, pelo Canadá e por muitos outros países por esse mundo fora.
Este seu último trabalho "Transparente" entrou directamente para o 13º lugar da Billboard/WM nos Estados Unidos. Palavras para quê? A Cultura Portuguesa através do Fado está a ser apreciada além fronteiras!

quinta-feira, setembro 01, 2005

O S.Paio em 1867

Enganam-se os que acham que o S.Paio é uma romaria recente. Durante uma pesquisa laboral, encontrei o livro "Murtosa - Gente Nossa", cuja autoria é do escritor Lopes Perreira. Um ex-libris de tradições e costumes tipicamente murtoseiros.
Foi então que descobri que em 1867 já se festejava o S.Paio. Passo a transcrever um excerto desta fantástica aventura.
"Perdura ainda hoje, entre os mais velhos murtoseiros, a forma da sumptuosidade das festas em que foi recebido o duque de Loulé na sua visita à Torreira, em 1867. Este venerando ancião era filho do também duque de Loulé, velho Mendonça, descendente da estirpe dos senhores de Biscaia, ligados aos Vale de Reis e ao Rolim que tinha sido condenado à morte por ser um dos que invadiram Portugal com as hostes de Massena e a quem D.João VI, em 1821, perdoou no Brasil quando ele pessoalmente o procurou para tal fim, conforme pormenores manuscritos num diário cuja cópia coeva o registo do meu arquivo avaramente guarda. Havia sido o chefe do chamado partido histórico, o qual em 1856 fora incumbido de presidir a um governo moderador sem qualquer inspiração setembrista, erguido perante o grupo de políticos audazes da Regeneração em seus planos de fomento e de economia, aos quais a mocidade ardente de Fontes dava alentos impulsivos, agitando doutrinas renovadoras.
Acompanharam-no na diversão e passeio à linda praia que toda ela se movimentava então nas estúrdias sonorosas da romaria de S.Paio, - festa do melhor cunho e feição folclóricos da região marinhoa - seu filho o Conde de Vale de Reis, o ministro de Estado honorário Matias de Carvalho, o par do reino José da Costa Pinto Basto, D.Luís da Cunha, Figueira Freire, Francisco Ribeiro da Cunha e outras individualidades de relevo. O trajecto fluvial fez-se, ilustrado de grande animação e calor eufórico de vibratidades emocionais, saído do cais da Ribeira, em Ovar, num cortejo inicial de 14 barcos que depois engrossou e se converteu numa flotilha embandeirada passante de 40 embarcações. Os edis camarários de Estarreja e Sever de Vouga apareceram a fazer os seus cumprimentos com bandas de música, assistidos pelas pessoas mais gradas das suas vilas. Os ares atroavam-se com o estampido dos foguetes e dos vivas. À certa altura desta grande manifestação de simpatia acorreram também em mercanteis adornados com festões de flores os arrais da Torreira e "era digno de ver-se a alegria que respiravam aqueles rostos crestados pelo sol de Agosto, aquelas expansões de entusiasmo de almas singelas"..., no dizer do cronista do "Campeão das Províncias". Nunca, nos factos históricos desta costa se viu uma coisa assim!..."
Peço desculpa pela extensão do texto mas está de facto maravilhoso. A forma como tudo é descrito relata bem que a Romaria não mudou assim tanto...